sexta-feira, 19 de julho de 2024

 



 

O CAMINHO

 

                                                 Introdução

 

 

 Recebi o chamado para servir quando me converti ao Senhor, há mais de quarenta anos; já casado com Ana Maria percebi que havia encontrado o lugar certo da minha vida, que era ali o meu caminhar.

 Era muito religioso participante do catolicismo romano, mas meu coração sempre estava inquieto faltando algo, até que ouvi a palavra de um servo de Deus que se prontificou a ir na minha casa, onde nos reuníamos com um grupo de católicos carismáticos; foi neste dia que os meus meus olhos e meus ouvidos se abriram e pude então ouvir e prestar atenção ao que o Senhor Jesus Cristo estava falando, era o que faltava para minha vida!

 Fiquei muito agradecido com a visita do homem de Deus em minha casa naquela noite, fiz uma oração na hora de dormir ainda com o cigarro na mão, disse para Deus que amei muito sua palavra! Ele havia me conquistado naquela noite, mas, amava também o cigarro, como faríamos?

E para surpresa minha, na manhã seguinte minha esposa e eu tomamos o café, e como de costume peguei o cigarro, acendi e não consegui fumar, minha esposa então me lembrou da oração feita na noite anterior.

Resultado disso é que na minha casa houve o início de uma igreja: a Metodista Renovada.

       Daquele dia em diante fiquei livre do vício, com este milagre Deus tomou minha vida para uma longa caminhada, foi dificil porque sempre eu  mandava em minha vida, e agora percebi uma diferença, tinha alguém  que me comandava, e que deveria dar-lhe obediência; mas foi muito bom,  Ele me ensinou a conviver a dois, eu e minha esposa, e assim iniciamos nossa   caminhada com o Senhor, logo percebi que seria separado para a seara, e sendo batizado no culto à noite fui consagrado ao diaconato em 15/06/1980.                                          

                                     

                                            O CAMINHO

 

 A caminhada nesta vida tem suas dificuldades e provações, mas é muito linda, mas também é onde provamos do Amor de Deus, justamente quando atravessamos os desertos de nossas vidas é que provamos o grande Amor de Deus, como Ele nos ama, e não nos abandona, está sempre presente nestas horas de angústia e isto nos faz chegar mais perto Dele e nesta caminhada aprendemos com o Espirito Santo, a orar mais. Nós caminhamos ao lado de Nosso Senhor e isso faz toda a diferença, temos a presença do Senhor ao nosso lado, isso significa que no fim da caminhada estarei parecido com o meu Mestre!

 

       AMOR IMENSURÁVEL

 

 

Na estrada da vida vamos abandonando nossas sujeiras, por nós mesmos nada somos, mas tudo vem do Senhor, o Seu sangue redentor nos limpa das nossas sujeiras, choramos na Sua presença ao ver o Seu grande amor que tem para com seus filhos, e ao mesmo tempo o nosso coração sujo, ingrato, avarento, cheio de maldade, na caminhada com Deus vai se moldando ao Seu caráter.

 Isto tudo faz parte deste chamado maravilhoso que é servir à Deus! A decisão de caminhar com Cristo é sem volta, pois Deus só tem uma palavra, não aceita respostas duvidosas.  

O fato de Jesus Cristo, o FILHO DE DEUS, sem pecado vir em nosso mundo, morrer em nosso lugar pagando assim uma dívida eterna impagável, (que era nossa), assumindo assim nossa culpa e fazendo que nossos pecados caíssem sobre Ele, e levando-os consigo sobre o madeiro e assim o castigo que Ele sofreu nos trouxe a paz, morrendo Ele em meu lugar para nos dar a Salvação Eterna.

 AMOR SEM IGUAL ... é constrangedor, fica fora de cogitação se negar a servir a Este Senhor tão magnifico que tudo fez por nós!

 É necessário compreender o que é Deserto na vida cristã.  O deserto é um lugar bem dizer sem vida, onde habitam animais peçonhentos como cobra e escorpião.  É uma área que acumula menos de 250 mm de chuvas por ano. As chuvas, quando ocorrem, são irregulares e mal distribuídas. Seu clima é árido, caracterizado pela acentuada amplitude térmica diária. Sua vegetação é esparsa, de pequeno e médio porte, adaptada ao clima extremo. As temperaturas podem variar bastante durante o dia, enquanto os dias são quentes com temperaturas até 45 °C, durante à noite pode chegar a -5 °C. Isso acontece porque existe pouco vapor d'água na atmosfera e pouca retenção de calor.

 

 A dificuldade de se viver ou sobrevive num deserto são muitas, lugares que entramos ou saímos com a permissão de Deus, onde Ele nos sustenta com a Sua palavra, são lugares para os escolhidos, onde Ele fala ao nosso coração.  São lugares propícios para moldar nosso caráter. Foi no deserto que o povo Hebreu aprendeu a lição, e mesmo assim não conseguiu abandonar, a idolatria, a promiscuidade. Somente quando foram levados cativos para à Babilônia onde foram obrigados a adorarem outros deuses, por terem se tornado escravos do Rei da Babilônia durante setenta anos, é que após este período abandonaram a idolatria

Em nossa vida secular, corrida e profana, não conseguimos ouvir à voz do Senhor; Ele nos leva ao deserto para termos esta intimidade como Seus filhos.

 A vida do cristão no dia a dia, suas lutas, é lá no deserto, na solidão onde estamos longe de todo este aparato mundano, compromissos, festas, teatros, cinemas, etc. No deserto a Voz de Deus se sobressai à demais.

 

Se se está no Egito, o deserto é onde se chega ao cruzar o Mar
Vermelho; se se está na terra de Israel, o deserto é onde se chega ao
cruzar o Jordão. O deserto é o Outro Mundo. Entrar ou sair do deserto
simboliza um movimento metafísico do aqui-e-agora para a ausência de
tempo do Outro ou vice-versa. Nesse outro mundo tudo acontece às
avessas. O pão celestial cai do céu como chuva; a água celestial não cai
como chuva, mas emerge de uma rocha. O deserto é marcado como o
Outro absoluto. Ele é um mundo onde o alimento comum não está
disponível, mas onde o povo eleito de Deus é alimentado com pão
Divino e com água Divina. É um mundo em que os profetas escolhidos,
Moisés e Josué, e em grau menor Aarão e Miriam, conversam
diretamente com Deus. É um mundo em que o rito da circuncisão não é
exigido (com a enigmática exceção de Gérson). É um mundo com
limites de água nitidamente definidos: o Mar Vermelho, de um lado, o
Rio Jordão, de outro. Para entrar neste outro mundo sagrado, pessoas
comuns (outros que não profetas escolhidos como Moisés e Aarão)
precisam de intervenção Divina pela qual os limites de água sejam
tornados transponíveis. É um mundo que inclui a montanha de Deus,
Monte Sinai (Horebe), que é em si limitado, um mundo à parte dentro
de um mundo à parte (Ex 19: 12, 23-24). Assim especificado, o deserto, o
Outro Mundo das coisas sagradas, é em tudo o avesso exato do mundo
profano familiar às pessoas comuns, entregues às suas atividades
comuns seculares (Alter e Kermode 1997: 626-9)”

 

  APRENDENDO A LIÇÃO DE ANDAR COM DEUS

 

Conforme Dt. 8.3 “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem”.

 

  Nós necessitamos de sermos humilhados, pois somos orgulhosos de nascimento e arrogantes.  Isso foi um veneno que a raça humana adquiriu na aliança com satanás no Jardim do Éden; se quisermos conhecer o Senhor necessário é que nos humilhemos perante à poderosa mão de Deus; até então, somos considerados inimigos de Deus, apenas com a intervenção do Nosso Senhor Jesus Cristo, O qual levando nossos pecados na cruz, nos trouxe à paz entre nós e o Criador.

 É justamente nesta humilhação que nascemos de novo, nascemos para Deus. O nosso orgulho é tanto, ao ponto de queremos nos tornar igual à Deus.!

 

Essa caminhada no deserto é muito significativa no sentido didático, é uma constante que aprendemos e colocamos em prática, andando pelo caminho à ação divina do Espirito Santo, agindo em nossas vidas, nos colocando ao par da visão de Deus que age em nosso intelecto, nossa alma, nosso espirito. Ficamos aliançado ao Nosso Senhor, Sua Palavra que é Espírito e vida, vem fazer morada em nós! Aliás já foi dito, que passamos a ser parceiros de Deus.

 

 

AMANTE, MISERICORDIOSO, COMPASSIVO

 

“Elohim é perfeito. Ele ama os seres humanos com um intenso fervor. Ele entende que não somos perfeitos e, por causa de seu amor por nós, ele é incrivelmente paciente conosco. Ele mostra misericórdia e compaixão, ao passo que qualquer outra pessoa teria desistido.

Apesar de o pecado humano criar distância entre Elohim e nós, Ele se revela de muitas maneiras. Compreender a Bíblia é a chave para entender Elohim e as muitas maneiras pelas quais Ele está procurando se reconectar conosco. Ele quer que entendamos que Ele não é um Deus distante e irado, ansioso para atacar todos os nossos erros. Em vez disso, Deus entende o que estamos passando e nos convida a aceitar Seu amor e Seu poder para que possamos navegar da melhor forma pela vida.

A expressão mais profunda do amor de Elohim veio na vida, morte e ressurreição de Deus Filho. Em uma incrível demonstração de amor e humildade, Elohim realmente se tornou um de nós através da vida de Jesus, que era o Deus Filho em carne humana. Isto, mais do que tudo, revela o caráter de Elohim ”  (Revista adventista sétimo dia)

 

Deus é Amor constante, mas não deixa de exercer justiça, ainda que o crente tropece o Senhor Deus sempre estende a mão de misericórdia à favor dos seus escolhidos.

A palavra de Deus está em constante operação, apesar da rebeldia do homem ela tem seus propósitos na sociedade, no lar, no casamento e principalmente na igreja, colocando a paz do Espirito Santo, educando os filhos e mostrando o caminho que devem andar. Quando nós baseamos a nossa existência na Bíblia, somos verdadeiramente felizes. Deus Se revela à nós através da Sua Palavra. Com a ajuda da Bíblia, podemos diferenciar o certo do errado e aprender a viver de maneira que agrada à Deus!

 

Não é possível haver verdadeiro discipulado sem fé profunda e inquestionável no Deus vivo. Aquele que vai fazer proezas para Deus deve primeiramente confiar nele de maneira implícita. Hudson Taylor escreveu: “Todos os gigantes de Deus foram homens fracos que fizeram grandes coisas para Deus porque confiavam que Deus estava com eles”. Ora, a fé verdadeira está sempre baseada em alguma promessa de Deus,
alguma porção de sua Palavra. Isso é importante. O crente primeiramente lê ou ouve alguma promessa do Senhor. O Espírito Santo toma essa promessa e a  aplica em seu coração e consciência de uma maneira bastante pessoal. O cristão se conscientiza de que Deus falou-lhe diretamente. Com total confiança na fidedignidade daquele que prometeu, ele considera a promessa tão certa como se já tivesse sido cumprida, muito embora, humanamente falando, ela seja impossível. Ou talvez seja um mandamento em vez de uma promessa. Para a fé, não há diferença. Se Deus ordena, ele capacita. Se ele ordena a Pedro que caminhe sobre as águas, Pedro pode ter certeza de que o poder necessário será dado (Mt 14:28). Se ele nos ordena a pregar o evangelho a toda criatura, podemos ter certeza de que receberemos a graça necessária (Mc 16:15). A fé não trabalha no reino do possível. Não há glória para Deus naquilo que é humanamente possível. A fé começa onde termina o poder do homem. George Müller explicou: “A província da fé começa onde as possibilidades terminam e onde a vista e os sentidos falham”. A fé diz: “Se ‘impossível’ é o único impedimento, então é possível fazê-lo!”.C. H. Mackintosh coloca a questão da seguinte maneira:

A fé coloca Deus em cena e, portanto, não sabe absolutamente nada sobre dificuldades — sim, ela ri diante das impossibilidades. No julgamento da fé, Deus é a grande resposta a todas as perguntas — a grande solução para todas as dificuldades. Tudo remete a ele; por conseguinte, para a fé, não importa se faltam 600 mil (dólares) ou 600 milhões; ela sabe que Deus é todo-suficiente. Ela encontra todos os seus recursos nele. A descrença diz: “Como isso e aquilo pode acontecer?”. Ela está cheia de “comos”; mas a fé tem uma grande resposta para 10 mil “comos”, e essa resposta é Deus.

Humanamente falando, era impossível que Abraão e Sara tivessem um filho.
Mas Deus havia prometido, e, para Abraão, havia apenas uma impossibilidade: a
de que Deus pudesse mentir. Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: “Assim será a sua descendência”. Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vigor. Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido. Romanos 4:18-21 Fé, poderosa fé, vê a promessa E olha apenas para Deus; Ri diante da impossibilidade E clama “será feito!”. Nosso Deus é especialista em impossibilidades (Lc 1:37). Não há nada difícil demais para ele (Gn 18:14). “O que é impossível para os homens é possível para Deus” (Lc 18:27). A fé declara sua promessa: “Tudo é possível àquele que crê” (Mc 9:23). Também exulta com Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13).

 

A BATALHA

O Apóstolo Paulo

     Ao fazer seu nobre desafio à Timóteo, seu filho na fé, ele o incentivou
dizendo: “Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Jesus Cristo ” (2Tm 2:3).

A guerra exige obediência implícita. O verdadeiro soldado seguirá as ordens de seu superior sem questionamentos e sem demora. É absurdo pensar que Cristo poderia se satisfazer com qualquer coisa abaixo disso. Como Criador e Redentor, ele tem todo o direito de esperar que aqueles que o seguem à batalha obedecerão às suas ordens pronta e completamente.